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COMO FAZER PARA COMPRAR SEU IMÓVEL!

COMO COMPRAR
Antes de fazer a aquisição de um imóvel, o consumidor deve fazer uma análise profunda de sua situação financeira, incluindo previsões sobre o que deseja para os próximos anos. É necessário levar em conta se pretende permanecer no atual emprego, se quer mudar de cidade, iniciar uma pós-graduação, fazer uma grande viagem dos sonhos ou ter filhos. 

Isso é necessário para eliminar a primeira dúvida daqueles que querem uma casa para chamar de sua: alugar ou comprar? Se sua situação financeira é estável, há renda “de sobra” e você não tem planos de revirar sua vida em curto prazo, a aquisição é uma possibilidade real. Neste caso, a dúvida é: pagar à vista ou financiar? 

A rigor, quanto menor for o tempo do financiamento, melhor. Uma dívida imobiliária requer um comprometimento insano com datas de pagamento e muita disciplina financeira. 

Um bom conselho antes de embarcar nessa jornada (que pode levar até 30 anos) é testar suas habilidades financeiras renegociando ou eliminando pendências financeiras que você já tem, como parcelas de automóveis, cartões ou empréstimos pessoais. 

Corte todos os custos possíveis e faça escolhas mais baratas nos gastos diários. Como optar por uma academia mais em conta (ou eliminar do orçamento), escolher restaurantes menos prestigiados e fazer uso de transporte público ou compartilhado. 
O exercício é realmente fazer "sobrar dinheiro" e autoanalisar sua capacidade de se manter em contenção por anos a fio. Essa etapa é crucial para enfrentar o período que pode ir de cinco a dez anos, relativos às parcelas iniciais dos financiamentos em regime de prestações regressivas - ou Sistema de Amortização Constante (SAC). 

Antes de fazer um financiamento, verifique todas as opções possíveis, que incluem o programa habitacional do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida. Estude as propostas da Caixa Econômica Federal, bem como a da própria construtora ou bancos privados - sobretudo se você for correntista de algum deles. 

Ao fechar o negócio, não esqueça de levar em conta as despesas envolvidas no processo de compra, como impostos e registros cartoriais - em geral, reserve cerca de 5% do valor do bem. 

As taxas de ITBI variam entre 2 e 3% do valor total do imóvel, enquanto o registro oscila em torno de 1,5% da quantia registrada. Também existem taxas bancárias que precisam ser negociadas. Nem todo imóvel pode ser adquirido com recursos do FGTS, então é necessário fazer esse levantamento antes de dar entrada na transferência. 

Em qualquer caso, independentemente da circunstância de aquisição, mesmo com parentes ou amigos próximos, faça uma due diligence (diligência prévia) do imóvel. Ou seja, investigue a situação do imóvel e financeira do dono, bem como do proprietário anterior. 

Esse processo é fundamental para identificar eventuais disputas processuais, de natureza fiscal, trabalhista ou financeira – para saber se o bem foi dado como garantia em algum empréstimo, se foi penhorado ou bloqueado pela Justiça, por exemplo. Não confie apenas na palavra do vendedor, ainda que seja conhecido. Pode ser que nem ele saiba o que está por trás da fachada. 
17/02/2020